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  • Foto do escritorLeo C. Arantes

Carnificina - Mente Assassina

Atualizado: 16 de mar. de 2021


Como aquecimento para a saga do momento na Marvel Comics, Carnificina Absoluta, a Panini Brasil lançou dois One Shots do personagem, lançados originalmente na década de 1990 nos Estados Unidos, mas que não haviam sido publicados no Brasil ainda. A publicação intitulada Carnificina: Mente Assassina tem como destaque a primeira história, escrita pelo grande roteirista Warren Ellis.

Roteiro

Na história Cletus Kasady, o psicopata e serial killer detentor do simbionte Carnificina, está preso no Instituto Ravencroft, manicômio onde os piores criminosos da Marvel são enviados. Isolado em um cela especial, ele é tratado pela doutora Ashley Kafka, uma psiquiatra que a tempos tem pesquisado o assassino em busca de respostas para sua psicopatia, e é auxiliada coronel John Jameson, um militar durão, que encara Cletus como um monstro a ser exterminado, sem nenhuma misericórdia.


Além deles, o arrogante e esquisito doutor Matthew Kurtz, especialista em criminosos desta categoria é mandado pelo governo para fazer testes mais incisivos no paciente, e é aí que a história realmente começa.


O doutor entra na cela especial de Cletus sem qualquer equipamento de segurança, apenas uma arma sônica para deixar Carnificina acuado e uma injeção de vitamina C, para imobiliza-lo. Porém seu plano dá errado e Carnificina consegue se livrar da imobilização e ataca o Dr. Kurtz, mas ao invés de matá-lo, injeta um tentáculo em sua cabeça, compartilhando sua mente com o psiquiatra, revelando todo o horror que há em sua mente e levando-o a insanidade.

É nessa viagem através da loucura de Cletus Kasady que o texto de Warren Ellis se destaca, expositivo na medida certa para explorar as sandices assassinas do personagem, mas sem ser descritivo e verborrágico ao extremo, fazendo cada balão de fala, por maior que seja, ser lido com rapidez, o que deixa a leitura com uma fluidez muito boa.


Já a segunda one shot é escrita por David Quinn, e é uma continuação direta da primeira. Nela o sanatório está sendo fechado por causa dos acontecimentos da história anterior e Cletus será transferido para outra instituição psiquiátrica, mas a Dra. Kafka e o coronel Jameson tentam impedir, temendo que ele consiga escapar durante o transporte.


Para isso eles invadem a sala em que Carnificina está e acabam sendo manipulados por ele. Enviados para dentro da mente doentia de Carnificina, eles são fustigados por sua loucura, assim como o Dr. Kurtz na primeira história e embarcam numa viagem aterrorizante com muito sangue, assassinato e sadismo.

Veredito

Apesar das duas histórias serem bem parecidas e a segunda ser uma continuação direta da primeira, a que foi escrita por Warren Ellis é nitidamente melhor, mais equilibrada e apresenta soluções mais plausíveis que a roteirizada por David Quinn, que até tenta entregar algo relevante, mas acaba copiando muitos dos argumentos que Ellis já usou anteriormente e também exagera nas sandices extravagantes na mente do vilão. O fator que as une, além dos personagens e toda a ambientação, é a arte de Kyle Hotz, cheia de detalhes e minúcias que, ajudada pelas cores vivas de Marie Javins e Gregory Wright, se encaixam perfeitamente no personagem e na propostas suja e ameaçadora da publicação.


Ainda que tenha uma queda de qualidade entre as duas histórias, uma é muito boa e outro apenas razoável, não é nada tão discrepante que possa prejudicar a experiência do leitor. Com isso Carnificina: Mente Assassina é um bom aquecimento para mais um saga Marvel que virá e uma boa porta de entrada para quem não conhece o personagem .

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